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Published janeiro 30, 2024

Pergunte a qualquer jovem sobre os estudos em pauta no seu grupo de jovens e penso que muitos dirão as mesmas coisas: namoro, relacionamentos, sexo, amizades, etc.

São bons assuntos – e merecem ser estudados. Que Deus abençoe os líderes que preparam esses estudos.

Mas confesso que não foram esses os temas com quais lutei durante minha ‘fase jovem’.

Parecia que os líderes de jovens só queriam falar sobre relacionamentos mas essa não era a questão que me angustiava.

A pergunta que me angustiava era: “Será que o Deus do Cristianismo existe mesmo? Se ele não existe – do que adianta todas essas regras e exigências?

No fundo, no fundo eu queria saber “Porque estou aqui mesmo?

Mas o grupo de jovens não era o lugar para fazer perguntas – era um lugar para cantar, orar e ouvir (provavelmente) mais um estudo sobre relacionamentos.

Foi só mais tarde, no seminário, que entendi que ter dúvidas não é pecado, e buscar respostas não é falta de fé. Descobri a alegria de cavar mais fundo. Compreendi que o processo de crescimento e maturidade exige que entendamos a fé cristã por conta própria – e não somente porque nossos país ou heróis criam assim.

Compartilho isso por 4 motivos:

1). Nossos jovens estão cercados por pessoas que questionam sua fé, seja no YouTube, no Netflix ou nas letras das músicas mais tocadas do Spotify. O mundo está perguntando, “Estamos no século 21, e você AINDA acredita nessa história do coelho de páscoa e um Deus Criador? Porque??” Temo que muitos dos nosso jovens não sabem o que fazer com uma pergunta dessas.

2). Nossos jovens querem profundidade. Querem a verdade. Eles sabem que a vida não se resume em zueira, panelinhas e passeios no final de semana. O jovem respeita quem tem a coragem de ser autêntico, de falar com convicção e amor, de tocar naqueles assuntos (morte, culpa, solidão, dúvida) que o mundo finge não ver.

3). Em cada grupo de jovens há aqueles que, por fora são sorridentes e brincalhões, enquanto por dentro estão desesperados. “Socorro! Estou perdendo a minha fé!” Conhecem tudo a respeito da vida cristão mas temem que Deus está distante, ou que Jesus Cristo não os ama ou que os argumentos ateístas estão fazendo mais sentido a cada dia que passa. E estão desesperados para encontrar a verdade que liberta. Talvez não sabem que os próprios discípulos de Cristo também passaram por momentos de dúvida cruel e sentimentos de solidão. Talvez estão tentando ser super crentes com respostas para todas as crises da vida.

4). Todas as idades precisam ouvir de Cristo. E os jovens não são exceção. Eles precisam ouvir – repetidamente – sobre o arrependimento, a graça, a morte e ressurreição de Jesus Cristo, e o amor de Deus. Cristo é de suma-importância.

2 Comments

  1. É a mais lamentável realidade em que vivemos. Não sou adolescente mais, mas aos 21 anos, bem mais madura na fé, sinto-me desmotivada a ouvir meus pastores e dirigentes, por saber já do que se trata o assunto. Até hoje, me pego distante porque quem está lidando conosco, esquece da necessidade de ensinar a teologia pura, a realmente conhecer e saber diferenciar nomenclaturas que discorrem na boca dos reformados, que alguns estão tão “reformados” que passam a fazer coisas que já não são certas. Busco sozinha preencher o vazio que tinha, cada vez mais tenho sede de conhecimento teológico, escolhendo Bíblias de estudos por mim mesma e aprendendo do mesmo modo. E acima de tudo, reconhecendo que as doutrinas das igrejas de hoje, parecem esquecer que somos o futuro ocupadores dos “cargos” que hoje eles preenchem. Exitem muitos jovens teólogos por aí, e porque não falar, muitas jovens também? Embora raros, e mais raras ainda, existem trancados em silêncio dentro de seus quartos com suas apaixonantes Bíblias e materiais de estudos seus.

  2. Rebeca Rebeca

    Muito bom esse post. Passei pela mesma situação na juventude e não encontrei ninguém pra me aconselhar na época. Precisamos estar preparados como Igreja pra respondermos sobre a nossa fé frente aos questionamentos.

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