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Published março 2, 2024

O pastor norte-americano Garret Kell comentou o hábito saudável de um amigo pastor. Quem ligar para seu celular depois das 18h ouvirá esta mensagem gravada: “Obrigado por ligar. Deixa uma mensagem – mas se for depois das 18h, saiba que estou com a minha família então não espere um retorno ainda hoje. Em caso de emergência, ligue para minha esposa.”

O pastor só retorno as ligações na próxima manhã.

Foi a atitude que ele acreditou ser necessária para que pudesse ensinar sua congregação – e a si mesmo – o quanto é importante estar focado nas necessidades de sua família.

Ele desliga o celular para poder dedicar-se a sua família. Ele está ausente para alguns para estar presente com outros.

BABÁS ESPIRITUAIS

O que acontece é que muitos membros enxergam seus pastores como “babás espirituais” que devem estar presentes 24h por dia. Quando, na verdade, o único Pastor onipresente é Aquele que não dorme, não cansa e não tem “outra família” para cuidar. Foi Jesus — e não os pastores — que prometeu “Estarei convosco todos os dias, até o final dos tempos”.

IMPLICAÇÕES

Como isso ressalta a necessidade de uma pluralidade de liderança nas igrejas. Quando todo o peso do ministério recai sobre os ombros de uma só pessoa, ele geralmente abrirá mão de suas responsabilidades familiares para achar mais tempo para suas responsabilidades ministeriais.

Vale lembrar aquele velho ditado: “Deus cuidará da sua noiva – e os homens deverão portanto cuidar das suas.” Se Deus te deu uma esposa, Deus te chamou a criar sua família e confiar o rebanho nas Suas mãos. O chamado ao pastoreiro não pode contrariar seu chamado a ser um marido fiel.

A história do missionário William Carrey é conhecida por muitos como sendo um modelo de coragem e dedicação na obra ministerial. De fato, seu trabalho na India e nas traduções da Bíblia foram monumentais. Mas sua familia foi uma tragédia. Na sua biografia são descritas as muitas vezes que, motivado por um profundo senso de dever, William viajava ao redor do mundo, deixando em casa sua esposa gravida para cuidar dos filhos. Quando adolescentes, seus filhos foram “como tigres”, sem terem um pai presente, chegando ao ponto de um amigo William Ward intervir e ser um “pai substituto”.

Se conseguimos anunciar o amor de Deus ao mundo, mas não conseguimos demonstrar amor intencional as nossas famílias — precisamos rever nossas prioridades.

DESLIGUE E DEDIQUE

Neste mundo que nunca para, nossos telefones podem sugar toda a nossa atenção, ainda que, daqui uma geração, nossos telefones não terão a menor significância. Mas nossos filhos sim, nossos casamentos sim, nossas famílias sim.