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Published janeiro 28, 2024
Já tive um cachorro. Seu nome era Bozo. Hoje, tenho dois filhos pequenos, mas entendo que há algumas leves semelhanças: a energia exagerada, a disposição de fazer xixi em qualquer canto, e a vontade estranha de morder certas pessoas.
 
Mas nem por isso entendo essa moda de acreditar que os animais de estimação são, de fato, filhos.
 
Recentemente, um estudo feito na Inglaterra apontou que, de cada 10 casais, 3 preferem ter um “fur-kid” (criança peluda) ao invés de ter filhos genuínos.
 
Entenda: não são casais que não podem ter filhos. Ou estão esperando ter filhos. Ou que, por motivos pessoais, escolheram não ter filhos. Não. São casais que tomaram a decisão de terem animais ao invés de terem filhos.
 
Uma jornalista explicou sua preferência da seguinte maneira: “Mesmo com só oito semanas, meu bichinho Tilly ficava feliz trancado na cozinha, sozinho, com um brinquedo por algumas horas. Jamais poderia fazer isso com uma criança da mesma idade.”
 
Pois é. Imagina a surpresa dela quando descobrir que uma pedra de estimação exige ainda menos atenção.
 
O ponto é que vivemos em uma sociedade que quer redefinir os termos e ao mesmo tempo manter os privilégios. O conceito de “família”, “pai”, “mãe” e “casal” vem sendo redefinidos a um bom tempo.
 
Mas com essa troca de valores, perdeu-se uma verdade importante: um filho pode crescer e se empenhar em prol de uma sociedade mais justa. Um filho pode apontar aonde a nossa geração falhou e como consertar os erros. Um filho pode fazer a escolha de amar, abraçar e cuidar, não como mera reação animal, e sim com intencionalidade.
 
São coisas que um gato não pode fazer. Um animal pode apontar a criatividade do Criador; mas somente um filho aponta a sua glória.
 
Um filho é alma. É eterno. É um ser que pode conhecer a misericórdia e bondade do Deus que se revela como o Pai que ama seus filhos.
 
Em uma sociedade aonde não há mais lugar para Deus, a eternidade ou o conceito bíblico de amor, faz sentido preferir poodles a almas viventes. Querem o privilégio de cuidar, alimentar e demonstrar carinho. Mas sem a responsabilidade de lidar com um coraçãozinho que busca por seu Criador.
 
Resumindo: Temos cachorros e gatos para nossa própria alegria. Temos filhos para compartilhar a alegria de Deus.

One Comment

  1. Pedro Pedro

    Tenho me deparado com muitas pessoas aqui no Rio de Janeiro que me olham estranho quando digo que meus três filhos não são iguais e não têm o mesmo valor do que seus PETs.
    Certo dia confrontei uma colega de trabalho e perguntei a ela se ela salvaria o seu cachorro ou um ser humano desconhecido. Ea de prontidão disse que era o cachorro dela…
    Isso me causou grande espanto, pois ela não consegue reconhecer que QUALQUER ser humano tem a vida mais valiosa que um animal não racional!
    um abraço,

    Pedro Botelho

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