Skip to content
Published janeiro 30, 2024
Você segue apenas a imagem que divulgo nas redes sociais. Uma versão editada. Aqui, tenho espaço para reescrever um texto, escolher o melhor selfie, ou despublicar um comentário antes que seja lido.
 
Você segue a versão de mim que só consigo ser aqui.
 
Algumas décadas atrás não existia esse fenômeno. A gente acompanhava colunas no jornal, programas de rádio, e seguia blogs, sites ou canais no YouTube. Era claro que estávamos seguindo algo produzido nos bastidores. Algo editado para ter a maior divulgação possível.
 
Mas as redes sociais mudaram tudo isso. Agora seguimos PESSOAS. E a própria linguagem sugere que estamos seguindo algo cru, sem alterações.
 
Mas minha vida em casa não é uma sequencia de curtidas e compartilhamentos. Com minha esposa e filhos não há ‘textões’ ou frases de impacto. Em casa occore as coisas reais da vida: conversas, desentendimentos, brincadeiras, planos frustrados, muita graça e falta de paciência. Em casa fica claro que estou sendo reformado pelo Espírito Santo.
 
Claro que a vida virtual não é mera falsidade. Os sorrisos dos selfies podem ser genuínos. Os textões podem ser edificantes. Mas penso que as redes sociais são tipo aqueles desenhos antigos em preto e branco, sem falas, só com um piano de fundo. São legais, mas nem se comparam com a vida como ela é, com todas suas dimensões, sejam profundas ou medíocres. A vida é 3D.
 
As redes sociais mostram somente um lado – o lado que você prefira que o mundo veja. O lado ensaiado.
 
Isso ressalta a necessidade de comunhão: na igreja, na família, nas rodas de amigos. Precisamos ser conhecidos como somos. E desafiados por pessoas que estão seguindo o Cristo, o Verdadeiro. Pessoas que querem ajudar-nos a ‘editar’ nossos corações, e não somente nossa imagem online.