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Published setembro 26, 2024
Parece que é o complexo e o polémico que chama a nossa atenção, não é verdade? Mas quando o apóstolo Paulo escreve à igreja de Corinto, sua preocupação é outra:
“Temo que a vossa mente seja seduzida e se afaste da simplicidade e da pureza que há em Cristo.”
Olha que interessante a técnica do serpente em seduzir a igreja. Talvez a gente imagina que ele tentaria deixar nossa fé aguada, diluída e fraca. Compramos livros teológicos, memorizamos termos técnicos, temos citações do Agostinho e Barth e Calvino na ponta da língua! Construimos paredes e divisões com termos pesados e difíceis de pronunciar. Pode vir, Satanás! Estamos prontos!
 
E enquanto isso seu método é outro. Ele está na verdade tentando complicar nossa fé. Seu plano infernal é encher nossa cabeça com tantas vozes que não conseguimos ouvir mais a voz do Bom Pastor. Encher nosso coração com tantas expectativas que não sobra lugar para esperar em Cristo. Encher nossa vida com tantas contradições que não desfrutamos a alegria do céu.
 
Encher-nos de tantas palavras que a Palavra se perde!
 
Dizem os matemáticos que uma linha reta é a distância mais curta entre dois pontos. E é assim com Jesus Cristo. A simplicidade é a distância mais curta entre sua Palavra e nosso coração. As vezes o serpente tentará distorcer a Palavra. E as vezes ele tentará distorcer o caminho, tornando-o mais longo e zigue-zague.
 
Olha só que lindo: ainda uma criança, nosso Salvador ensinava os mestres da lei. E quando adulto, ensinava as crianças! Havia simplicidade no seu ensino. Coerência. E muito amor.
 
Esse é o atributo de um bom professor: ele consegue simplificar sem ser simplista. Ele faz o que as mães fazem ao cortar o bife em pedacinhos para seu filho. De pouco adianta encher a boca se não é possível engolir.
 
E de pouco adianta uma biblioteca cheia de livros, uma cabeça cheia de filosofias e uma vida cheia de experiências se perdemos a simplicidade de Cristo.